sexta-feira, 6 de junho de 2014

Maníaco de Luziânia

Ademar de Jesus Silva



















Nasceu no ano de 1970, confessou ser o assassino em série responsável pelo desaparecimento de seis jovens entre os dias 30 de dezembro de 2009 e 22 de janeiro de 2010, com idades entre 14 e 19 anos em Luziânia, no estado de Goiás a 196 km da capital Goiânia (GO), no entorno do Distrito Federal.no ano de 2010. 
O caso ganhou repercussão nacional e foi investigado, além da polícia, pela CPI do Desaparecimento de Crianças e Adolescentes, da Câmara dos Deputados. O paradeiro dos jovens só foi solucionado na manhã de sábado, 10 de abril, quando o pedreiro, de 40 anos, foi preso acusado de estuprar e matar os rapazes. Ele mostrou à polícia o local onde estavam os corpos dos garotos e, em entrevista, se disse arrependido e afirmou que pensava no sofrimento dos familiares dos jovens mortos. O pedreiro também declarou que foi vítima de abusos sexuais no passado e disse que cogitou o suicídio após a repercussão das mortesAdemar Jesus da Silva já havia sido condenado em 2005 a 10 anos e 10 meses de prisão por abusar sexualmente de dois meninos, um de 11 e outro de 13 anos, em Águas Claras e Núcleo Bandeirante, respectivamente.
Antes de sua captura, a hipótese em voga era de que os jovens haviam sido cooptados para o trabalho escravo nas fazendas da região. Ademar Silva era pedreiro. 
Chegando da Bahia, passou a viver com uma irmã em Luziânia (GO) e depois se mudou para o DF

Um exame criminológico foi realizado em 28 de maio de 2008.
O laudo deste exame apontou a necessidade de que outros dois fossem realizados: um psiquiátrico e um psicológico. O resultado destacou, ainda, sinais de psicopatia. No entanto, como destacou o magistrado, ser psicopata não é uma doença mental, mas um distúrbio de personalidade, que não é critério que impeça de concessão de progressões. Ademar foi submetido ao exame psicológico em 11 de maio de 2009, e ao psiquiátrico, uma semana depois, em 18 de maio. Os resultados de ambos os procedimentos não apontaram nenhum indício de doença mental, assim como não destacaram a necessidade de acompanhamento psicológico posterior.

O pedreiro deixou o presídio em 23 de dezembro de 2009 e, sete dias depois, teria cometido o primeiro crime. 

O primeiro a desaparecer, em 30 de dezembro, foi Diego Alves Rodrigues, de 13 anos. Pouco antes das 10h, ele saiu de casa no bairro Estrela Dalva, onde mora a maioria das vítimas, para ir a uma oficina de carros, e não foi mais visto. No dia 4, no mesmo horário, foi a vez de Paulo Victor Vieira de Azevedo Lima, de 16 anos, desaparecer. George Rabelo dos Santos, de 17 anos, sumiu no dia 10. Três dias depois, foi à vez de Divino Luiz Lopes da Silva, de 16 anos, desaparecer da porta de casa depois do café da manhã. No dia 18, Flávio Augusto Fernandes dos Santos, de 14 anos, foi visitar um amigo e não voltou. O ajudante de serralheiro, Márcio Luiz de Souza Lopes, de 19 anos, saiu do trabalho para consertar a bicicleta no começo da tarde e, desde então, não mais foi visto. Descrito como uma pessoa agressiva, perturbada e com transtorno psicopatológico, Ademar admitiu que espancou até a morte os seis jovens de Luziânia. Segundo investigações da polícia, o pedreiro matou os meninos para não ter problemas com judiciais. Ademar passava despercebido pelos vizinhos porque passava a maior parte do tempo dentro de casa. Ademar de Jesus Silva usava documentos com o nome de Adimar Jesus da Silva. Ele mudou o nome porque era acusado de tentativa de homicídio na Bahia, e acabou beneficiado por alteração no registro de batismo em novo documento obtido quando se mudou para o DF.  

Ademar foi encontrado morto no início da tarde de 18 de abril de 2010 na cela onde estava preso há uma semana, na Delegacia de Repressão a Narcóticos (Denarc), em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, ele se enforcou com tiras arrancadas do forro de um colchão. O médico-legista Paulo Afonso Mendes de Campos, que coordenou a necropsia, disse não ter dúvidas de que Ademar se matou. Campos contou que o corpo do pedreiro não apresenta lesões recentes, hematomas ou qualquer sinal de que tenha sido agredido ou mesmo imobilizado. Também não há cortes nem perfurações. Os sinais são de um clássico enforcamento. Segundo ele os vasos sanguíneos foram comprimidos, as mucosas ficaram inchadas e o sangue saiu pelo nariz e pela boca. Ainda segundo o responsável pela necropsia de Ademar, o tempo entre o momento em que ele teria se enforcado até a morte durou entre dois e quatro minutos. Primeiro, ele perdeu a consciência, depois o corpo desabou e ele morreu. Ademar foi encontrado sentado em um banco de concreto da cela, de não mais que 60cm de altura. A posição reforça o que costumam chamar de "enforcamento incompleto". 

Há dois vídeos que resumem o caso:
Vídeo 1: http://www.youtube.com/watch?v=Nb7d8ZNEMWE
Vídeo 2: http://www.youtube.com/watch?v=72AE0F5UHBU

Fonte:
http://omundomau.blogspot.com.br/2010/04/ademar-de-jesus-silva.html






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