sexta-feira, 18 de março de 2011

Feridas que não cicatrizam: a neurobiologia do abuso infantil


Maus tratos na infância podem ter efeitos negativos duradouros no desenvolvimento e nas funções do cérebro
Martin H. Teicher





Em 1994, a polícia de Boston chocou-se ao descobrir um menino de quatro anos de idade, desnutrido e trancado num apartamento imundo de Roxbury, onde vivia em condições pavorosas. Pior, as mãozinhas da criança tinham sido horrivelmente queimadas. Soube-se que a mãe, viciada em drogas, tinha posto as mãos do menino sob a torneira de água fervente para castigá-lo por ter consumido a comida de seu namorado. A criança ferida não tivera nenhum tipo de assistência médica. A história perturbadora chegou rapidamente às manchetes. Adotado, o menino recebeu enxertos de pele para ajudar as mãos machucadas a recuperar suas funções. Mas, embora as feridas físicas da vítima tenham sido tratadas, descobertas recentes indicam que ferimentos infligidos a sua mente em desenvolvimento podem nunca cicatrizar de todo.
Ainda que seja um exemplo extremo, esse caso notório infelizmente não é incomum. A cada ano, as agências de bem-estar do menor dos EUA recebem mais de três milhões de denúncias de abuso e negligência no trato de crianças, e levantam evidências suficientes para substanciar mais de um milhão de casos.
Não é surpresa para nós que as pesquisas revelem um forte laço entre maus tratos físicos, sexuais e emocionais e o desenvolvimento de problemas psiquiátricos. Mas, até o início dos anos 90, profissionais da área de saúde mental acreditavam que as dificuldades emocionais e sociais ocorriam principalmente por meios psicológicos. Os maus tratos na infância eram vistos como causadores do desenvolvimento de mecanismos de defesa intra-psíquicos, responsáveis pelo fracasso do indivíduo na idade adulta. Ou como paralisadores do desenvolvimento psicossocial, mantendo a vítima presa à condição de "criança ferida". Os pesquisadores achavam que os danos eram basicamente um problema de software, tratáveis com uma reprogramação via terapia, ou que podiam simplesmente ser apagados com exortações do tipo "esqueça" ou "supere".
Novas investigações sobre as conseqüências dos maus tratos na infância, incluindo o trabalho que meus colegas e eu fizemos no McLean Hospital em Belmont, Massachusetts, e na Harvard Medical School, parecem contar uma história diferente. Como o abuso infantil ocorre durante o período formativo crítico em que o cérebro está sendo fisicamente esculpido pela experiência, o impacto do extremo estresse pode deixar uma marca indelével em sua estrutura e função. Tais abusos, parece, induzem a uma cascata de efeitos moleculares e neurobiológicos, que alteram de modo irreversível o desenvolvimento neuronal.

Personalidades Extremas

O efeito do abuso infantil pode manifestar-se de várias formas, em qualquer idade. Internamente, pode aparecer como depressão, ansiedade, pensamentos suicidas ou estresse pós-traumático; pode também expressar-se externamente como agressão, impulsividade, delinqüência, hiperatividade ou abuso de substâncias. Uma condição psiquiátrica fortemente associada a maus tratos na infância é o chamado distúrbio de personalidade limítrofe (borderline personality disorder). O indivíduo com essa disfunção tem como característica enxergar os outros em termos de preto ou branco, oito ou oitenta, muitas vezes colocando seus interlocutores num pedestal, para depois transformá-los em vilões, a partir de algo percebido como desfeita ou traição. Aqueles que sofrem desse distúrbio são propensos a explosões de cólera e episódios transitórios de paranóia ou psicose. Eles possuem tipicamente uma história de relações intensas e instáveis, muitas vezes tentam escapar por meio do abuso de substâncias, e apresentam impulsos auto-destrutivos ou suicidas.
Ao tratar três pacientes com distúrbio de personalidade limítrofe, em 1984, comecei a suspeitar que a exposição precoce a várias formas de maus tratos havia alterado o desenvolvimento de seus sistemas límbicos. O sistema límbico é uma série de núcleos cerebrais interconectados (centros neurais), que desempenham um papel central na regulagem da emoção e da memória. Duas regiões límbicas criticamente importantes são o hipocampo e a amígdala, localizados abaixo do córtex, no lobo temporal (ver ilustração). Acredita-se que o hipocampo seja importante na formação e recuperação tanto da memória verbal quanto da emocional, enquanto a amígdala está ligada à criação do conteúdo emocional da memória - por exemplo, sentimentos relacionados ao medo e a reações agressivas.
Meus colegas do hospital McLean, Yutaka Ito e Carol A. Glod, e eu nos perguntamos se o abuso infantil não poderia prejudicar o amadurecimento saudável dessas regiões do cérebro. Os maus tratos na infância poderiam estimular as amígdalas a um estado de irritabilidade elétrica elevada ou danificar o hipocampo em desenvolvimento por meio de uma exposição excessiva aos hormônios do estresse? Fomos mais longe, refletindo se danos ao hipocampo ou superexcitação da amígdala não poderiam produzir sintomas semelhantes aos de pacientes com epilepsia de lobo temporal (ELT), que esporadicamente perturba as funções desses núcleos do cérebro.

Formigamentos e alucinações

Durante os ataques de ELT, os pacientes permanecem conscientes, enquanto sofrem um leque de sintomas psicomotores causados por tempestades elétricas nessas regiões. Efeitos associados incluem o desencadeamento abrupto de formigamentos, entorpecimento ou vertigem; manifestações como olhar fixamente ou contorcer-se; e sintomas, como enrubescimento, náusea ou a sensação de "frio no estômago" que se tem num elevador de alta velocidade. A ELT pode também causar alucinações.
Para explorar a relação entre abuso precoce e disfunção do sistema límbico, idealizei, em 1984, uma lista de perguntas para medir a freqüência com que os pacientes apresentavam sintomas semelhantes aos da ELT. Em 1993, meus colegas e eu computamos as respostas de 253 adultos. Pouco mais da metade relatou ter sido vítima de abusos físicos ou sexuais ou ambos, quando criança. Comparados com pacientes que não relataram maus tratos, a média de pontos da checagem foi 38 % maior em vítimas de abuso físico (mas não sexual) e 49 % mais elevada em vítimas de abuso sexual (mas não físico). Os indivíduos que admitiram tanto abusos físicos quanto sexuais tiveram pontuação 113 % maior do que os que não relataram nenhum tipo de abuso. Maus tratos sofridos antes dos 18 anos tiveram mais impacto do que os ocorridos em idade posterior, e homens e mulheres foram afetados de modo semelhante.
Em 1994, nossa equipe do McLean procurou apurar se o abuso físico, sexual ou psicológico estava associado a anormalidades das ondas cerebrais em eletroencefalogramas (EEGs), que possibilitavam uma medida mais direta da irritabilidade límbica do que a checagem. Em busca dessa conexão, revisamos as fichas de 115 admissões consecutivas num hospital psiquiátrico para crianças e adolescentes. E encontramos anormalidades significativas de ondas cerebrais em 54 % dos pacientes com histórico de trauma precoce, mas em apenas 27 % dos pacientes que não tinham sofrido abusos.










O COMPORTAMENTO ANTI-SOCIAL resultante de abuso na infância parece ser causado pela superexcitação do sistema límbico, uma região primitiva, no centro do cérebro, que regula a memória e a emoção. Acredita-se que duas estruturas relativamente pequenas, o hipocampo e a amígdala, desempenhem papéis de destaque na geração desse tipo de disfunção. O hipocampo é importante para determinar quais informações recebidas são armazenadas na memória de longo prazo. A principal tarefa da amígdala é filtrar e interpretar informações relacionadas com a sobrevivência e as necessidades emocionais do indivíduo e, em seguida, ajudar a desencadear as reações apropriadas.


Observamos anomalias nos EEGs de 72 % daqueles que haviam documentado histórias de abusos físicos e sexuais sérios. As irregularidades apareceram nas regiões frontal e temporal do cérebro e, para nossa surpresa, envolviam especificamente o hemisfério esquerdo ao invés dos dois lados, como seria de se esperar.

Vítimas de incesto

Nossas descobertas se encaixaram com as de um estudo, realizado em 1978, com EEGs de adultos que haviam sido vítimas de incesto. O autor do estudo, Robert W. Davies, da Escola de Medicina da Universidade de Yale, e sua equipe descobriram que 77 % apresentavam anormalidades nos EEGs e 27 % sofriam de ataques. Trabalhos subseqüentes de outros pesquisadores, usando imageamento por ressonância magnética (IRM) confirmaram a associação entre maus tratos precoces e redução no tamanho do hipocampo adulto. A amígdala também pode ser menor.
Em 1997, J. Douglas Bremner, na época na Escola de Medicina da Universidade de Yale, e seus colegas, compararam as escanerizações por ressonância magnética feitas em 17 adultos submetidos a abusos físicos ou sexuais na infância, todos eles portadores de distúrbio de estresse pós-traumático, com as imagens de 17 pessoas saudáveis, que correspondiam aos doentes em idade, sexo, raça e outras características (anos de escolarização, abuso de álcool, se canhotos ou destros). Os hipocampos esquerdos das vítimas de abuso com distúrbio de estresse pós-traumático eram, em média, 12 % menores que os do grupo de controle, mas os hipocampos direitos tinham tamanho normal. Como seria de se esperar, dado o papel importante do hipocampo na função da memória, a pontuação desses pacientes também foi menor em testes de memória verbal do que a do grupo que não sofreu abusos.
Em 1997, Murray B. Stein, da Universidade da Califórnia em San Diego, também encontrou anormalidades nos hipocampos esquerdos de 21 mulheres adultas que tinham sofrido abusos sexuais na infância e apresentavam o chamado distúrbio de personalidade múltipla, uma condição que alguns pesquisadores acreditam ser comum em mulheres vítimas de abusos. Stein verificou que, nessas mulheres, o hipocampo esquerdo era significativamente reduzido, mas o tamanho do direito era relativamente normal. Além disso, ele encontrou uma clara correspondência entre o grau de redução no tamanho do hipocampo e a gravidade dos sintomas dissociativos das pacientes. Em 2001, Martin Driessen, do Gilead Hospital, em Bielefeld, Alemanha, e seus colegas relataram uma redução de 16 % no tamanho do hipocampo e de 8 % no tamanho da amígdala em mulheres adultas com personalidade limítrofe e um histórico de maus tratos na infância.
Por outro lado, em 1999, quando Michael De Bellis e seus colegas, da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, mediram cuidadosamente imagens de ressonância magnética dos hipocampos de 44 crianças maltratadas portadoras de distúrbio de estresse pós-traumático e de 61 crianças saudáveis do grupo de controle, eles não observaram uma diferença significativa no volume.
Recentemente, Susan Andersen, Ann Polcari e eu obtivemos resultados semelhantes em nossa análise volumétrica dos hipocampos de 18 adultos jovens (de 18 a 22 anos de idade), com um histórico de repetidos abusos sexuais forçados, acompanhados de medo ou terror, que foram comparados a 19 jovens saudáveis da mesma idade. Ao contrário de estudos anteriores, os participantes do grupo de controle não eram pacientes, mas pessoas recrutadas entre público em geral.

Redução da amígdala

Não observamos diferenças de volume nos hipocampos. Como ocorreu com o grupo de Driessen, no entanto, constatamos uma redução média de 9,8% no tamanho da amígdala esquerda, que se correlacionava com sentimentos de depressão, irritabilidade ou hostilidade. Perguntamo-nos por que o hipocampo era menor em pacientes que sofreram abuso nos estudos de Bremner, Stein e Dreissen, mas normal no de De Bellis e em nossa própria investigação. Das várias respostas possíveis, a mais provável é que o estresse exerça uma influência muito gradual no hipocampo, de modo que seus efeitos adversos talvez não sejam discerníveis a nível anatômico até que as pessoas fiquem mais velhas.
Além disso, estudos feitos com animais por Bruce S. McEwen, da Universidade Rockefeller, e Robert M. Sapolsky, da Universidade de Stanford, já haviam demonstrado a marcante vulnerabilidade do hipocampo às devastações do estresse. Ele não é apenas susceptível por se desenvolver lentamente; é também uma das poucas regiões do cérebro que continuam a produzir novos neurônios após o nascimento. Ademais, tem uma densidade maior de receptores do hormônio de estresse, o cortisol, do que quase todas as outras áreas do cérebro. A exposição aos hormônios do estresse pode mudar significativamente o formato dos maiores neurônios do hipocampo e até mesmo matá-los. E também suprimir a produção de novas células.
Experiências com ratos, feitas por Christian Caldji e Michael J. Meaney, da Universidade McGill, e Paul M. Plotsky, da Universidade Emory, mostraram que o estresse precoce reconfigura a organização molecular dessa região. Um resultado importante é a alteração da estrutura de receptores gaba na amígdala (ver ilustração). Esses receptores reagem ao ácido gama-aminobutírico (gaba), o principal neurotransmissor inibidor do cérebro, que atenua a excitabilidade elétrica dos neurônios. A redução da função desse neurotransmissor produz atividade elétrica excessiva e pode desencadear ataques. Tal descoberta proporcionou uma explicação molecular elegante para nossas constatações de anormalidades em eletroencefalogramas e irritabilidade límbica em pacientes que sofreram abuso na infância.

MENOS INIBIÇÕES: O estresse causa mudanças nos receptores pós-sinápticos normais de ácido gama-aminobutírico (gaba), o principal neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central (à esquerda). E pode levar à superestimulação de neurônios, resultando em irritabilidade do sistema límbico. A presença de gaba diminui a excitabilidade elétrica dos neurônios ao permitir um fluxo maior de íons de cloro (no centro). A perda de uma das subunidades-chave do receptor gaba prejudica sua capacidade de moderar a atividade neuronal (à direita).

O efeito sobre o sistema límbico foi apenas a conseqüência mais esperada do trauma infantil. Estávamos intrigados, no entanto, com nossa observação anterior de que os maus tratos estavam associados a anormalidades no hemisfério esquerdo. Isso nos inspirou a examinar o efeito do abuso em idade precoce no desenvolvimento dos hemisférios cerebrais. Decidimos usar a coerência em eletroencefalograma, um sofisticado método de análise quantitativa que fornece evidências sobre a microestrutura do cérebro, sua fiação e sua circuitaria. A técnica proporciona uma medida matemática do grau de inter-relação entre os neurônios do córtex que processam e modificam os sinais elétricos cerebrais. Em geral, níveis anormalmente elevados de coerência em eletroencefalograma são evidências de desenvolvimento diminuído nessas trocas entre neurônios.

Hemisférios menos desenvolvidos

Nossa equipe de pesquisa usou essa técnica, em 1997, para comparar 15 voluntários saudáveis com 15 pacientes psiquiátricos, crianças e adolescentes, que tinham um histórico confirmado de intenso abuso físico ou sexual. Medidas de coerência mostraram que os córtex esquerdos dos jovens do grupo de controle eram mais desenvolvidos do que os direitos - um resultado compatível com o fato de que os destros tendem a ter o córtex esquerdo dominante. Os pacientes maltratados, no entanto, tinham o córtex direito claramente mais desenvolvido, muito embora todos fossem destros e, portanto, tivessem o córtex esquerdo dominante. Os hemisférios direitos de pacientes que sofreram abusos desenvolveram-se tanto quanto os dos do grupo de controle, mas seus hemisférios esquerdos ficaram substancialmente para trás.
O hemisfério esquerdo é especializado na percepção e expressão da linguagem, enquanto o direito se especializa no processamento de informações espaciais e no processamento e expressão de emoções - particularmente emoções negativas. Perguntamo-nos se crianças maltratadas não teriam armazenado suas memórias perturbadoras no hemisfério direito, e se a recordação dessas memórias não poderia ativá-lo preferencialmente.
Para testar essa hipótese, Fred Schiffer trabalhou em meu laboratório no McLean em 1995, medindo a atividade hemisférica em adultos durante a lembrança de uma memória neutra e de uma memória perturbadora precoce. Aqueles com um histórico de abuso pareceram usar predominantemente seus hemisférios esquerdos ao pensar em memórias neutras e os direitos ao pensar em lembranças precoces ruins. Os participantes do grupo de controle usaram ambos os hemisférios em grau comparável para as duas atividades - o que sugere que suas reações eram mais integradas entre os dois hemisférios.
Como a pesquisa de Schiffer indicou que o trauma de infância era associado à menor integração entre os hemisférios esquerdo e direito, decidimos procurar alguma deficiência no principal caminho para a troca de informações entre os dois hemisférios, o corpo caloso. Em 1997, Andersen e eu colaboramos com Jay Giedd, do National Institute of Mental Health, em busca do efeito postulado. Juntos verificamos que, em meninos que haviam sido submetidos a abusos ou abandono, as partes centrais do corpo caloso eram significativamente menores do que nos grupos de controle. Além do mais, em meninos, o abandono tinha um efeito muito maior do que qualquer outro mau trato. Em meninas, no entanto, o abuso sexual era o fator mais poderoso, associado a uma grande redução no tamanho das partes centrais do corpo caloso.
Nossa mais recente descoberta tem suas raízes nos estudos seminais de Harry F. Harlow, da Universidade de Wisconsin-Madison. Na década de 50, Harlow comparou macacos criados por suas mães com macacos criados por "mães substitutas", de arame e pelúcia. Os macacos criados por mães substitutas tornaram-se adultos socialmente não integrados e extremamente agressivos. Trabalhando com Harlow, W. A. Mandon, do Delta Primate Center, em Louisiana, descobriu que essas conseqüências eram menos graves se a mãe substituta fosse balançada de um lado para outro. J. W. Prescott, do National Institute of Child Health and Human Development, levantou a hipótese de que esse movimento poderia ser transmitido para o cerebelo, particularmente sua parte central, chamada vermis cerebelar (ver ilustração). Entre outras funções, o vermis modula os núcleos que controlam a produção e a liberação dos neurotransmissores norepinefrina e dopamina. Essa parte do cérebro desenvolve-se gradualmente, continua a criar neurônios depois do nascimento e tem uma densidade de receptores de hormônios de estresse ainda maior do que a do hipocampo. De modo que a exposição a esses hormônios pode afetar fortemente seu desenvolvimento.
O descontrole dos sistemas de norepinefrina e dopamina, os neurotransmissores comandados pelo vermis, pode produzir sintomas de depressão, psicose e hiperatividade, assim como prejudicar a atenção. A ativação do sistema de dopamina desloca a atenção para o hemisfério esquerdo (verbal), enquanto a ativação do sistema de norepinefrina desloca a atenção para o hemisfério direito (emocional). Talvez o mais curioso, o vermis também ajuda a regular a atividade elétrica no sistema límbico, e a estimulação vermal pode suprimir ataques no hipocampo e na amígdala.

Sintomas Psiquiátricos

R. G. Heath, trabalhando na Universidade de Tulane nos anos 50, descobriu que os macacos de Harlow possuíam focos epilépticos em certas estruturas cerebrais, inclusive o hipocampo. Em trabalho posterior com seres humanos, ele constatou que a estimulação elétrica do vermis reduzia a freqüência dos ataques e melhorava a saúde mental num pequeno número de pacientes com distúrbios neuropsiquiátricos intratáveis. Este resultado levou meus colegas e eu a especular se o abuso na infância não poderia produzir anormalidades no vermis cerebelar capazes de responder pelos sintomas psiquiátricos, irritabilidade límbica e degeneração gradual do hipocampo.
Para começar a testar essa hipótese, Carl M. Anderson trabalhou recentemente comigo e com Perry Renshaw no centro de imageamento cerebral do Hospital McLean. Usando novas técnicas que desenvolvemos, pudemos monitorar pela primeira vez o fluxo sangüíneo regional do cérebro em repouso, sem usar marcadores radiativos ou corantes de contraste. Quando o cérebro está repousando, a atividade neuronal de uma região corresponde de perto à quantidade de sangue que essa área recebe para manter-se ativa. Anderson descobriu uma impressionante correlação entre a atividade no vermis cerebelar e o grau de irritabilidade límbica (determinado a partir de minha já mencionada lista de perguntas), tanto em jovens adultos saudáveis quanto naqueles com um histórico de abusos sexuais repetidos.
Para qualquer nível de sintomatologia límbica, no entanto, a quantidade de fluxo sangüíneo no vermis cerebelar foi marcadamente menor em indivíduos com histórico de traumas. O baixo fluxo de sangue aponta para um dano funcional na atividade do vermis. Na média, pacientes vítimas de abuso tiveram pontuação mais alta na checagem presumivelmente porque seu vermis não podia ativar-se o suficiente para controlar níveis mais altos de irritabilidade límbica.
Juntas, essas descobertas sugerem um intrigante modelo que explica a forma na qual o distúrbio de personalidade limítrofe pode aparecer. A integração reduzida entre os hemisférios e um corpo caloso menor podem predispor os pacientes a deslocar-se abruptamente de estados dominados pelo hemisfério esquerdo para estados dominados pelo hemisfério direito, com percepções e memórias emocionais muito diferentes. Esse domínio hemisférico polarizado pode fazer com que a pessoa veja os amigos, a família e os colegas de trabalho de forma excessivamente positiva em um estado e de maneira retumbantemente negativa em outro - o que é marca registrada do distúrbio. Além disso, a irritabilidade elétrica límbica pode produzir sintomas de agressão, exasperação e ansiedade. Atividades de EEG anormais no lobo temporal também são freqüentemente observadas em pessoas com comportamento auto-destrutivo e forte propensão para o suicídio.
Nossa equipe começou essa pesquisa a partir da hipótese de que o estresse precoce era um agente tóxico que interferiria na progressão normal e suavemente orquestrada do desenvolvimento do cérebro, levando a problemas psiquiátricos duradouros. Frank W. Putnam, do Children's Hospital Medical Center, de Cincinnati, e Bruce D. Perry, do Alberta Mental Health Board, do Canadá, agora sustentam a mesma hipótese. Eu, no entanto, passei a questionar e a reavaliar nossa premissa inicial. Os cérebros humanos evoluíram de forma a serem moldados pela experiência, e dificuldades precoces eram rotineiras durante o nosso desenvolvimento ancestral. É plausível que o cérebro em desenvolvimento nunca tenha evoluído para enfrentar a exposição a maus tratos e portanto seja danificado de uma maneira não-adaptativa? Isso parece extremamente improvável. A alternativa lógica é que a exposição precoce ao estresse gera efeitos moleculares e neurobiológicos que alteram o desenvolvimento neuronal de uma forma adaptativa, que prepara o cérebro adulto a sobreviver e a se reproduzir num mundo perigoso.

Adaptações ao ambiente adverso

Quais traços ou capacidades podem ter sido benéficos para a sobrevivência nas duras condições de tempos remotos? Alguns dos mais óbvios são o potencial para mobilizar uma intensa reação de luta-ou-fuga, a resposta agressiva ao desafio sem hesitação indevida, a capacidade de estar em estado de alerta para o perigo e produzir contraposições robustas ao estresse que facilitem a recuperação de ferimentos. Nesse sentido, podemos reconsiderar as mudanças no cérebro que observamos como sendo adaptações a um ambiente adverso.
Embora esse estado adaptativo ajude o indivíduo afetado a atravessar a salvo seus anos reprodutivos (e até provavelmente aumente a promiscuidade sexual), que são críticos para o sucesso evolutivo, ele custa caro. McEwen recentemente teorizou que a superativação dos sistemas de reação ao estresse, uma resposta que pode ser necessária para a sobrevivência a curto prazo, aumenta o risco de obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão; leva a um grande número de problemas psiquiátricos, incluindo um alto risco de suicídio; e acelera o envelhecimento e a degeneração das estruturas do cérebro, inclusive do hipocampo.
Nossa hipótese é que alimentação adequada e ausência de estresse precoce intenso permitem que nosso cérebro se desenvolva de uma maneira que é menos agressiva e mais estável do ponto de vista emocional e integrada social, empática e hemisfericamente. Acreditamos que esse processo aumenta a capacidade dos animais sociais de construir estruturas interpessoais mais complexas e permite aos seres humanos realizar melhor seu potencial criativo.
A sociedade colhe o que planta na maneira como cuida de seus filhos. O estresse esculpe o cérebro para exibir variados comportamentos anti-sociais, embora adaptativos. Se vem em forma de trauma físico, emocional ou sexual, ou por meio de exposição a guerras, fome ou pestilência, o estresse pode desencadear uma onda de mudanças hormonais que liga permanentemente o cérebro de uma criança para lidar com um mundo cruel. Por meio dessa cadeia de eventos, a violência e o abuso passam de geração em geração, tanto quanto de uma sociedade para a seguinte. A dura conclusão a que chegamos é que temos a necessidade de fazer muito mais para assegurar que o abuso infantil nem venha a ocorrer, porque uma vez que essas alterações-chave ocorram no cérebro, pode não existir um caminho de volta.
Sobre o autor:

Martin H. Teicher é professor associado de psiquiatria na Escola de Medicina da Universidade de Harvard, diretor do Programa de Pesquisa de Biopsiquiatria Desenvolvimental no Hospital McLean, em Belmont, Massachusetts, e chefe do Laboratório de Psicofarmacologia Desenvolvimental no Centro de Pesquisa Mailman, do Hospital McLean.

Para conhecer mais:

"Developmental traumatology part 2: brain development", de M. D. De Bellis, M. S. Keshavan, D. B. Clark, B. J. Casey, J. N. Giedd, A . M. Boring, K. Frustaci e N. D. Ryan, em Biological Psychiatry, vol. 45, no. 10, páginas 1271-1284, 15 de maio de 1999.
"Wounds that time won't heal: the neurobiology of child abuse", de Martin H. Teicher, em Cerebrum, vol. 2, no. 4, páginas 50-67, Dana Press, 2000.
Hospital McLean: www.mcleanhospital.org/

quarta-feira, 16 de março de 2011

O Maniaco da Cruz


Um garoto de boa aparência, sociável e trabalhador.
Ao falar de seus crimes, frio e vaidoso.
Este é o perfil do adolescente de 16 anos, após confessar três assassinatos em série, em Rio Brilhante. Ele disse que escolhia as vítimas aleatoriamente e após uma conversa, que na verdade era uma entrevista, ele classificava a pessoa como "pura" ou "impura" e com base nisso, se ela deveria ou não continuar vivendo. O primeiro assassinato foi no dia 24 de julho. O adolescente disse que o pedreiro Catalino Cardena, 33 anos, teria o assediado, propondo manter relações sexuais e por isso resolveu matá-lo. Catalino recebeu um golpe de faca e depois o adolescente usou um canivete para escrever INRI (Jesus Nazareno Rei dos Judeus) no peito dele. Depois de cometer o primeiro crime, o adolescente não voltou mais à escola, onde cursava o 9º ano do Ensino Fundamental. Um mês depois Letícia Neves de Oliveira, 22 anos era assassinada. O rapaz a abordou próximo da casa dela, que fica em frente ao cemitério e começou a conversar. No diálogo ele perguntava primeiro se a pessoa acreditava em Deus, depois se tinha namorado e se já havia mantido relações sexuais. Letícia seria também, homossexual e o adolescente julgou que ela deveria morrer. Em todos os casos ele aplicava uma gravata na vítima e, encostando uma faca no corpo dela, a obrigava a ir ao local onde consumaria o assassinato.

Letícia foi morta por estrangulamento e deixada sobre um túmulo e despida. Como ela tinha uma tatuagem de cruz no peito ele resolveu não deixar marca. Em setembro não houve crime. O garoto chegou a abordar e conversar com uma garota, chamada Carla, mas considerou que ela "era pura" e que não merecia morrer. A garota foi ouvida pela polícia, como única testemunha, e confirmou a abordagem. O último crime foi nesta semana. O corpo de Gleice Kelly da Silva, 13 anos, foi encontrado em um terreno baldio no assentamento Por do Sol, sem a blusa e o sutiã. Esta vítima o adolescente classificou como "desobediente" porque se negou a ficar de costas para que ele a estrangulasse. Próximo ao corpo ele deixou um bilhete com várias cruzes e letras soltas que, dentre as possibilidades, formava a palavra "INFERNO". O rapaz não mostra arrependimento. Ele conta que no momento em que estrangulava as vítimas perguntava: "E agora, você acredita no seu Deus". Segundo ele, na maioria das vezes, em pânico a vítima dava resposta negativa. Depois que a vítima desfalecia, ele conferia se o coração ainda batia. No caso de Gleice ele chegou a pensar em terminar de matá-la com uma faca, mas como estava sem ponta voltou a estrangular a adolescente até que ela morresse. Os assassinatos em série ficaram conhecidos como crimes do "maníaco da cruz" porque tinham uma peculiaridade: os corpos eram colocados em posição de crucificação, com as penas cruzadas e os braços abertos. O adolescente disse, em depoimento, que isso era para que as vítimas "encontrassem seu Deus". O adolescente diz cultuar a imagem de satanás e acredita que estava ajudando as pessoas que matavam a ficarem próximas do Deus em que elas acreditavam. Meticuloso, ele usava luvas cirúrgicas para não produzir provas. Outra marca do garoto era a vaidade. Ele gostava de ver notícias sobre seus crimes, no quarto dele foram encontrados três jornais com reportagens sobre os assassinatos. "Ele disse que se sentia bastante capacitado", conta a delegada Maria de Lourdes Cano.Ele também guardava objetos relacionados aos crimes, como a blusa e uma pulseira de Gleice, o celular dela e o de Letícia. Quando a polícia chegou à casa do adolescente, encontrou o canivete usado para escrever a palavra "INRI" no corpo de Catalino, ainda com a mancha de sangue. Foram encontrados no quarto do adolescente posters do "Maníaco do Parque" e de diabo. Havia revistas pornográficas, onde ele avaliava o perfil das garotas para ter um parâmetro de como classificar as vítimas como "vadias" e foram apreendidos dois CDs, cujo conteúdo não foi informado. Foi achado, ainda, um envelope de cor azul, dentro do qual havia um papel com nome das vítimas, escrito em vermelho. Dentre elas, está a moça que foi abordada, mas que ele desistiu de matar, de nome Carla. A frente uma barra e a palavra "salva".Os pais do adolescente, segundo apurou a polícia, não desconfiavam do envolvimento dele nos crimes. Segundo familiares das vítimas, o pai dele era vigia e dava aulas de caratê

Crack ou oxi, sinônimos de morte

Em recente pesquisa sobre o presente tema notei que alguns setores da imprensa brasileira identificaram o que seria uma nova droga também proveniente da cocaína: o oxi. Tal droga seria uma espécie de crack piorado, vez que em sua composição química vários outros produtos são adicionados pelos traficantes manipuladores no intuito de aumentar o lucro financeiro do seu comércio, com o barateamento do produto que assim é sempre melhor consumido pela classe mais pobre do nosso país.

É fato científico que para se fabricar o crack, é usada a pasta base da cocaína que adicionada ao bicarbonato de sódio em proporções equivalentes, manipulados com solventes, se transformam em espécie de pedra meio tenra de cor branca caramelizada. Assim, oficialmente o crack é composto basicamente do lixo da cocaína e do bicarbonato de sódio.

Já o oxi vai mais além na sua insanidade. O seu nome de batismo deriva do verbo oxidar, vez que a borra da cocaína ao ser diluída com o ácido sulfúrico e o ácido clorídrico, misturados e manipulados com a cal virgem, querosene ou gasolina, além do próprio bicarbonato de sódio em combinação com o oxigênio, realiza a transformação química, oxidando o produto também em forma de pedra, só que mais amarelo e bem mais nocivo que o crack.
Em todos os artigos que escrevi sobre o crack sempre contestei a sua fórmula química oficial que não existe em sua composição qualquer produto inflamável. Em contra senso, observa-se perfeitamente que há na pedra do crack o cheiro inconfundível de gasolina ou querosene, ademais alguns usuários me disseram que o odor e o gosto da fumaça inalada é semelhante a pneu queimado, razão pela qual, sempre falei que a cal, o querosene ou gasolina, os ácidos sulfúrico e clorídrico e o bicarbonato de sódio, além da pasta base da cocaína, fazem parte da composição química dessa droga, entretanto agora aparece o oxi como sendo o dono de tal fórmula diabólica.

Em assim sendo, fica a dúvida se os viciados brasileiros estariam consumindo o crack ou o oxi, o que, em absoluto não faz muita diferença. Parece no meu ver, apenas uma questão de nomenclatura. Crack ou oxi se confundem e representam a degradação humana, sofrimento e dor nas suas formas mais drásticas possíveis.

Crack e oxi também pode ser uma coisa só e a fórmula que tanto descrevi e combati veementemente pode ser a exata em detrimento à fórmula oficial do crack originada dos EUA, há mais de três décadas atrás. A não ser que o crack dos norte-americanos seja diferente e menos perigoso que o nosso crack. A não ser que o nosso crack seja na verdade o oxi, um crack piorado, falsificado e abrasileirado como tantos outros produtos importados.

Na verdade, sendo crack ou oxi, o usuário ao fumar toda essa parafernália de produtos altamente nocivos e perigosos, aspira o vapor venenoso para dentro de seus pulmões, entrando em conseqüência na sua corrente sanguínea. Como a droga é inalada na forma de fumaça chega ao cérebro muito mais rápido do que a cocaína ou de qualquer outra droga, causando também malefícios mais abrangentes para o usuário que sempre vicia a partir do seu primeiro experimento.

O usuário do crack ou oxi pode ter convulsão e como conseqüência desse fato, pode levá-lo a uma parada respiratória, coma ou parada cardíaca e enfim, a morte. Além disso, para o debilitado e esquelético sobrevivente seu declínio físico é assolador, como infarto, dano cerebral, doença hepática e pulmonar, hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC), câncer de garganta e traquéia, além da perda dos seus dentes, pois o ácido sulfúrico presente na absurda fórmula dessas drogas assim trata de furar, corroer e destruir a sua dentição.

É fácil de concluir que os problemas deixados pelo crack ou oxi em todas as áreas sociais crescem em grandes proporções e atingem em cheio o nosso povo, deixando rastros de lama, miséria, sangue e lágrimas, em destaque, para a classe mais pobre do nosso país, mais de perto, para os jovens menos avisados que se lançam nesse profundo poço de difícil retorno.

Autor Archimedes Marques (Delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe).
archimedes-marques@bol.com.br

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quinta-feira, 3 de março de 2011

Serial Killer no Brasil... ( Bahia)

Homem é preso acusado de estuprar prostitutas na Bahia

Salvador - Márcio Adriano Serapião dos Santos, 29 anos, foi preso na terça-feira acusado de roubar e estuprar prostitutas em Salvador, na Bahia. De acordo com a polícia, ele marcava por telefone uma hora em casas que funcionam na orla da capital e, depois que entrava no local, anunciava o assalto. O acusado ainda violentava uma ou mais funcionárias antes de ir embora.

Na ficha, ele ainda acumula cinco homicídios, além de roubos e sequestros. Ao ser apresentado na delegacia, ele negou os crimes e garantiu: “Sou uma pessoa ótima, muito familiar”.

De acordo com a titular da 9ª DP, Dalva Cardoso, no entanto, ele é muito perigoso. Diversas casas de massagem de fachada que funcionam na Boca do Rio, Rio Vermelho, Pituba e Brotas já foram alvos do criminoso. Segundo a polícia, pelo menos um desses estabelecimentos funciona realmente como casa de massagem.

Prisão

Cauã, como Márcio é conhecido, passou a ser procurado há cinco meses por agentes da 9ª DP, após manter em cárcere privado uma cabeleireira de 42 anos. Ele foi finalmente preso quando dirigia um veículo no bairro de Marechal Rondon.

“Ele é um criminoso de alta periculosidade e realizava crimes complexos, como o da mulher que ele manteve em cárcere privado. É algo que, em 31 anos de polícia, eu nunca tinha visto. Ele é muito inteligente”, disse a delegada.

Até a terça-feira, cinco vítimas já tinham reconhecido Cauã como autor dos estupros. A namorada dele, a doméstica Jucilene Bispo dos Santos, 23, que participou do crime de cárcere privado, também foi detida.

Cinco homicídios

Com dois mandados de prisão preventiva em aberto, Cauã é acusado também de esfaquear o empresário Marildo Rocha e matar duas mulheres.

O crime aconteceu em janeiro de 2009, no bairro Catu. A mulher do empresário, Sueli Silva Oliveira, 24, e a babá do bebê dela, Jucicleide Souza, 30, foram amarradas com o fio do telefone e, depois, decapitadas, quando Cauã tentava assaltar a casa onde moravam.

Ainda na cidade, Cauã estuprou e matou Cristiane Novaes. O corpo da vítima foi encontrado num matagal no povoado de Sapé. Por esse crime, ele foi condenado a 30 anos de prisão e, quando estava detido no presídio da cidade, matou um companheiro de cela.

O homossexual foi morto há nove anos, depois de um programa com Cauã. Segundo a delegada, o acusado está à disposição da Justiça e responderá pelos crimes de homicídio, roubo, extorsão e sequestro.

Com informações do jornal Correio da Bahia

http://odia.terra.com.br/portal/brasil/html/2011/3/homem_e_preso_acusado_de_estuprar_prostitutas_na_bahia_147766.html

terça-feira, 1 de março de 2011

Golpe virtual...

Ataques a computadores e mensagens oportunistas aumentam quando usuário acessa menos a rede. Período requer mais atenção

POR ALESSANDRA HORTO

Rio - Foliões que vão passar o Carnaval bem longe do computador podem cair em armadilha ao acessar a conta de e-mail quando retornarem do feriadão. O longo período de ausência da Internet atrai pessoas mal intencionadas e quadrilhas especializadas em roubar dados financeiros.

A proximidade com o prazo de início da declaração do Imposto de Renda também é outro caminho usado pelos golpistas. Por isso, vale lembrar que a Receita Federal não envia e-mails para esclarecer dúvidas e também não fornece link para o contribuinte baixar o formulário. A dica é válida para bancos, que não enviam mensagens sobre recadastramento ou assuntos associados a correntistas.

EVITE LINKS DESCONHECIDOS

Com a caixa de entrada cheia, é difícil estar atento às pegadinhas. Mas algumas dicas podem evitar as arapucas: jamais clique em links desconhecidos. Em geral, levam o usuário para outro site que instala códigos maliciosos para roubar informações pessoais.

Erro de português é muito comum nesse tipo de armadilha. Ao passar o mouse em cima do link, a barra de status (rodapé do navegador) vai revelar, na maioria dos casos, um endereço com terminação “.exe”, o que significa que algo não identificado poderá ser instalado no computador.

PROGRAMAS GRATUITOS - Protegem o computador de vírus e ataques. Procure sites especializados e confiáveis para baixar gratuitamente programas para aumentar a segurança do micro.

CURIOSIDADE - Fraudadores se aproveitam da curiosidade dos internautas para chamar a atenção e induzir ao erro. Roubo de dados e senhas são alguns dos golpes.

http://odia.terra.com.br/portal/economia/html/2011/2/folia_sem_ressaca_com_golpe_virtual_147161.html