terça-feira, 24 de setembro de 2013

Casso da família Pesseghini em SP

Uma pequena crítica ao Laudo do Dr. Guido Palomba, psiquiatra forense no caso do menino Marcelo Pesseghini, adolescente de 13 anos que matou toda a família e cometeu suicídio em 5 de agosto em São Paulo.

Em diversos textos que li hoje muito bem conheci a base do que é a Encefalopatia Hipóxica, e isso é clássico em todos os livros que eu busquei sobre o assunto.
O laudo apresentado pelo Dr. Palomba aponta que, o menino teve a (falta de oxigênio no cérebro), durante uma complicação em um procedimento hospitalar aos 2 ANOS de idade onde ficou momentaneamente sem oxigênio no cérebro sofrendo uma lesão hospitalar e não uma ASFIXIA PERINATAL, como vários textos nos apontam.
Alguns casos acontecem na vida adulta e dentre estes, podem ser citadas o mal asmático, o mal epilético, a intoxicação por monóxido de carbono e a parada cárdio-respiratória, sendo esta última a causa mais importante e grave de encefalopatia hipóxica-isquêmica.

Fui buscar nas literaturas e em contato com Peritos Médicos Legistas não conseguimos encontrar nada que ligasse o caso do menino Marcelo com o que o Dr. chama de "delírio encapsulado” . Ainda estou procurando alguma coisa que me leve a entender a comediante comparação desta cena com Dom Quixote. (risos)

As 35 páginas do chamado “exame de insanidade mental póstumo retrospectivo” foram feitas a partir de análises baseadas em depoimentos e entrevistas de testemunhas que conviveram com Marcelo - médicos que cuidavam dele, colegas de classe, professores, outros parentes e exames periciais sobre as mortes.

Daí faço outras indagações:
Como pode ele ter sido acometido de encefalopatia hipóxica sem que qualquer exame de imagem fosse feito à época?
Que exames de imagem foram realizados após o tal episódio de pneumotórax?
De onde ele tirou essa conclusão se o seu "laudo" foi feito a partir de análises baseadas em depoimentos e entrevistas de testemunhas

Me pergunto:
Até que ponto uma pessoa em "surto psicótico" ou em "delírio encapsulado” teria condições COGNITIVAS e COMPORTAMENTAIS para após matar várias pessoas, dirigiria até um certo local, (escola), DORMIR no carro, acordar, assistir aula, contar pros amigos que matou a família e voltar pra casa dirigindo e depois se mata?

Bom, não vou entrar em mais detalhes porque este não é o momento certo, mas há erros técnicos da Polícia Técnico científica no que tange a Balística Forense.

Segue matéria para entendimento do que estou falando:
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/09/laudo-aponta-doenca-mental-e-compara-filho-de-pms-dom-quixote.html

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