Uma pequena crítica ao Laudo do Dr. Guido
Palomba, psiquiatra forense no caso do menino Marcelo Pesseghini,
adolescente de 13 anos que matou toda a família e cometeu suicídio em 5
de agosto em São Paulo.
Em diversos textos que li hoje muito bem
conheci a base do que é a Encefalopatia Hipóxica, e isso é clássico em
todos os livros que eu busquei sobre o assunto.
O laudo apresentado
pelo Dr. Palomba aponta que, o menino teve a (falta de oxigênio no
cérebro), durante uma complicação em um procedimento hospitalar aos 2
ANOS de idade onde ficou momentaneamente sem oxigênio no cérebro
sofrendo uma lesão hospitalar e não uma ASFIXIA PERINATAL, como vários
textos nos apontam.
Alguns casos acontecem na vida adulta e dentre
estes, podem ser citadas o mal asmático, o mal epilético, a intoxicação
por monóxido de carbono e a parada cárdio-respiratória, sendo esta
última a causa mais importante e grave de encefalopatia
hipóxica-isquêmica.
Fui buscar nas literaturas e em contato com
Peritos Médicos Legistas não conseguimos encontrar nada que ligasse o
caso do menino Marcelo com o que o Dr. chama de "delírio encapsulado” .
Ainda estou procurando alguma coisa que me leve a entender a comediante
comparação desta cena com Dom Quixote. (risos)
As 35 páginas do
chamado “exame de insanidade mental póstumo retrospectivo” foram feitas a
partir de análises baseadas em depoimentos e entrevistas de testemunhas
que conviveram com Marcelo - médicos que cuidavam dele, colegas de
classe, professores, outros parentes e exames periciais sobre as mortes.
Daí faço outras indagações:
Como pode ele ter sido acometido de encefalopatia hipóxica sem que qualquer exame de imagem fosse feito à época?
Que exames de imagem foram realizados após o tal episódio de pneumotórax?
De
onde ele tirou essa conclusão se o seu "laudo" foi feito a partir de
análises baseadas em depoimentos e entrevistas de testemunhas
Me pergunto:
Até
que ponto uma pessoa em "surto psicótico" ou em "delírio encapsulado”
teria condições COGNITIVAS e COMPORTAMENTAIS para após matar várias
pessoas, dirigiria até um certo local, (escola), DORMIR no carro,
acordar, assistir aula, contar pros amigos que matou a família e voltar
pra casa dirigindo e depois se mata?
Bom, não vou entrar em mais
detalhes porque este não é o momento certo, mas há erros técnicos da
Polícia Técnico científica no que tange a Balística Forense.
Segue matéria para entendimento do que estou falando:
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/09/laudo-aponta-doenca-mental-e-compara-filho-de-pms-dom-quixote.html
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